quinta-feira, março 24, 2011

Aula inaugural: Ex-secretário estadual palestra para alunos

Roca Sales - ex-secretário estadual de Meio Ambiente José Alberto Wenzel esteve em Roca Sales na última semana. A convite do biólogo Cristian André Prade e da secretária de Educação e Cultura, Nelda Erthal Cofferri, ele participou do ato inaugural que marcou o início do ano letivo no município e falou sobre o tema “Meio ambiente, ética e desenvolvimento sustentável” para cerca de 450 estudantes das redes municipal, estadual e particular, que lotaram o Centro Comunitário Evangélico. 
O tema atraiu a atenção dos estudantes, que questionaram o profissional sobre os desastres ambientais que vêm ocorrendo no mundo e qual o papel do ser humano para construir um planeta melhor. Wenzel, que é geólogo e atua como servidor na Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fepam), frisou a importância da ética no cotidiano de cada pessoa e seu papel para promover o bem-estar do meio ambiente. “Quando promovemos o bem-estar, estamos melhorando nossa qualidade de vida”, diz. 
Encerrada a explanação, os alunos elaboraram questões que foram respondidas pelo palestrante. O evento também contou com a presença do prefeito Antonio Valesan, que destacou o papel de cada um frente à preservação do meio ambiente. O biólogo agradeceu a todos que prestigiaram o evento e o apoio da Administração Municipal para a realização da aula inaugural. “Vale sempre lembrar que Roca Sales somos todos nós, e todos temos que fazer a nossa parte para que a cidade seja sempre bela e graciosa”, enfatiza Prade.

Carina Marques
carina@informativo.com.br

domingo, março 13, 2011

Artigo Gazeta do Sul - Bio campanha da fraternidade 2011

Logo adiante de Manaus, as águas do Rio Negro se juntam às do Solimões. Pois foi ali que a CNBB lançou a Campanha da Fraternidade deste ano. Não poderia haver lugar mais adequado e repleto de simbolismo do que este. A abertura ocorreu numa balsa, integrada à natureza, com a simplicidade da grandeza das águas do porte amazônico. Quanto orgulho, quanta correria, quanta obsessão pelo acúmulo de bens, quanta necessidade desnecessária criada, quanta superficialidade ostentatória precisa ser lavada nas águas que nutrem a vida, motivação maior da atual campanha.
Se simples, portanto notável, o lançamento da campanha a favor da vida acontece no momento oportuno. Quando secas como a da região de Bagé, contrastando com as enchentes de São Lourenço, aliadas a eventos do tamanho do Tsunami de Tóquio e a tantas outras demonstrações de alterações climáticas se somam, não há como não refletir sobre a causa de tudo isto. Há uma tendência que nos traz um falso conforto civilizatório em dizermos que os eventos catastróficos sempre ocorreram, mesmo quando os humanos nem existiam sobre o Planeta. Os humanos têm sido muito pródigos em justificar suas investidas contra a natureza, com as argumentações que a razão nos proporciona. Contudo, basta fecharmos os olhos na entrada da noite, quando os raros momentos de silêncio ainda nos são permitidos, para sabermos que nós humanos estamos interferindo fortemente no equilíbrio da natureza. Quando secamos várzeas tiramos o lugar das águas, quando derrubamos a flora desabrigamos a biodiversidade, quando queimamos combustíveis aquecemos a atmosfera. Se fenômenos de catástrofe sempre ocorreram, nós os aceleramos e provocamos como algozes de nós mesmos.

Quando do final da Eco–92, há 19 anos, mais uma razão da oportunidade da campanha, uma vez que se prepara a Rio+20 para o ano que vem, no auditório vazio do evento que reuniu 179 países, quase todos signatários da “Agenda 21”, fez-se um silêncio do tamanho do mundo. Das cadeiras vazias emanava um sentimento de que não havia mais inocentes. Todos nós, em diferentes proporções e medidas, senão diretamente, mas até por conivência, somos co-responsáveis pelos desmandos ambientais. Portanto, a Campanha da Fraternidade é uma campanha de todos.
Como as águas do Rio Negro que se juntam às do Solimões, assim também nós somos convidados a nos somarmos a todas as criaturas da Criação Universal. Do silêncio das cadeiras vazias do final da Eco–92 ergue-se o grito das dores de parto da atual campanha pela vida, da qual não somos donos nem gestores, mas sim conviventes.

José Alberto Wenzel/Geólogo da Fepam
Jornal Gazeta do Sul, 13/03/2011 - http://is.gd/q3SlSZ

sábado, março 05, 2011

Diários do Poder - José Alberto Wenzel

Diários do Poder é uma série de entrevistas exibidas pelos veículos de comunicação do grupo Gazeta sobre histórias dos bastidores dos governos de Santa Cruz, contadas pelos ex-prefeitos.

José Alberto Wenzel, que governou Santa Cruz de 2005 até 2008, teve sua entrevista exibida dia 04 de março de 2011 encerrando a série.


domingo, fevereiro 06, 2011

Quanto consumimos de água potável, você sabe?


sábado, fevereiro 05, 2011

Um mundo com energia limpa é possível, em 2050

Após dois anos de elaboração, o Relatório de Energia, lançado globalmente hoje (3/2) revela novas perspectivas no que tange às necessidades globais de energia, incluindo transporte, e disponibilizando energia adequada e segura para todos. E isto permitiria a redução de emissões de carbono em cerca de 80% até 2050, mantendo o aquecimento do planeta abaixo dos 2ºC – que representam um limite dramático para o futuro ambiental do mundo.

“Se continuarmos a depender de combustíveis fósseis, vamos enfrentar um futuro de incertezas crescentes sobre custos, segurança e mudanças climáticas”, declarou Jim Leape, diretor geral do WWF. “Estamos oferecendo um cenário alternativo – muito mais promissor e inteiramente viável”.

“O relatório demonstra que o planeta pode, sim, ter economias vivas e energia limpa, barata e renovável, nos próximos quarenta anos”, disse Denise Hamú, secretária geral do WWF-Brasil.
 
Brasil na frente – O fato de o Brasil produzir eletricidade a partir de hidrelétricas dá ao país certa vantagem competitiva rumo à concretização da visão da respeitada consultoria Ecofys. “Entretanto, não podemos nos acomodar, porque estamos sujando nossa matriz energética e claramente temos oportunidades de diversificação de nossas fontes, com mais investimentos eficiência energética e em energias renováveis modernas, como a eólica, solar e solar-térmica”, avaliou Carlos Rittl, coordenador do programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil.

Rittl destaca, ainda, que a demanda mundial por bioenergia irá crescer muito. Como os biocombustíveis serão uma parte cada vez mais importante na matriz energética mundial, cabe ao Brasil fazer sua expansão neste setor, seguindo critérios rigorosos de sustentabilidade, sem pressão sobre os ecossistemas naturais.

 “Além disso, o Brasil precisa ser muito responsável sobre o uso e investimentos para extração do petróleo da camada pré-sal. Os custos das energias renováveis modernas estão em queda, enquanto que os do petróleo estão em ascensão. O mundo está cada vez atento a cada tonelada de gases de efeito estufa jogada na atmosfera e seus impactos no aquecimento global”, disse Carlos Rittl.

Futuro otimista - Dividido em duas partes, o relatório contém análise e cenário detalhados, apresentados pela Ecofys, e uma avaliação do WWF.  O documento demonstra que, até 2050, as necessidades de eletricidade, transporte, energia industrial e doméstica, poderiam ser supridas com uso apenas residual e localizado de combustíveis fósseis e nucleares, reduzindo drasticamente as incertezas quando à segurança energética, poluição e às catastróficas mudanças climáticas.

Eficiência energética em edificações, veículos e indústria seria um ingrediente chave, ao lado de uma geração de energia elétrica de forma renovável e fornecida por meio de smart grids (redes inteligentes), para fazer face ao aumento da demanda mundial por eletricidade.

De acordo com a visão desenhada pela Ecofys, em 2050, a demanda total de energia será 15% menor do que em 2005, a despeito do crescimento da população, da indústria, das necessidades de transporte, e a energia estará sendo fornecida àqueles que hoje não se beneficiam dela.  O mundo não mais dependerá de carvão ou fontes nucleares, enquanto regras e cooperação internacionais limitarão o dano ambiental potencial representado pela produção de biocombustíveis e hidrelétricas.

“Neste relatório, não estamos deliberadamente assumindo metas extravagantes sobre os benefícios das tecnologias que ainda virão, disse o diretor da Ecofys, Kees van der Leun. “Trata-se de uma estimativa moderada sobre a energia renovável da qual poderemos desfrutar em 2050. A Ecofys entende que as soluções para o desafio energético global estão ao alcance das nossas mãos. Existem inúmeros sistemas que usam energia de forma mais eficiente, o que nos permite administrar as atuais fontes de energia mais cuidadosamente. Além do mais, entendemos as oportunidades de uso de uma enorme quantidade de energia sustentável que nos cerca”, disse. 

O fornecimento de energia confiável, barata e limpa na escala necessária demandará um esforço mundial, similar à resposta do mundo à crise financeira global. Mas os benefícios seriam muito maiores no longo prazo, e a economia realizada com custos mais baixos em energia irá equilibrar o total de novos investimentos em energia renovável e eficiência energética até 2040.  E mais: a economia de recursos financeiros em relação à maneira tradicional de produzir energia será de cerca de quatro trilhões de euros até 2050.

Outros benefícios virão da prevenção de conflitos relacionados à segurança energética, desastres ambientais e à escassez de recursos decorrentes da redução da disponibilidade de combustíveis fósseis e dos desafios ambientais e políticos.

Igualmente importante é o fato de que o cenário do Relatório da Energia permitiria assistirmos a uma redução de mais de 80% nas emissões de carbono até 2050, o que elevaria o grau de confiança de que o aquecimento global seria mantido abaixo dos 2ºC reduzindo os riscos inaceitáveis de uma catástrofe ambiental global. “Viveremos de forma diferente, mas viveremos bem”, disse Jim Leape. “Temos que fornecer energia a todos sem colocar em risco nosso planeta e, isto, nosso relatório mostra que é possível”.  

Fonte: WWF Brasil - http://is.gd/56frUV  

quarta-feira, janeiro 19, 2011

O jacarandá e a ponte

JOSE ALBERTO WENZEL

Há um ano, aos 19 dias de janeiro, um jacarandá da Praça da Matriz de Porto Alegre veio ao chão, esparramando troncos e galhos em profusão não adivinhada por quem distraidamente o tivesse contemplado pelos anos afora. Neste mesmo ano, também nos primeiros dias de janeiro, caiu a ponte na RSC 287, sobre o rio Jacuí, entre Agudo e Restinga Seca. O rio em sua torrente, subitamente avolumada, engoliu a massa de concreto, ferro e asfalto, levando consigo cinco vidas humanas, além de lavouras e tantas outras instalações.

Passado o ano, foi erguida uma nova ponte, executada em tempo recorde, constituindo-se em um feito digno de reconhecimento e de retrospectiva visível, atestado abonador da engenhosidade humana. Já o jacarandá permanece em sua condição de mazela. Seu cerne devassado, preenchido por outra massa de restos de construção, amargura o mesmo ferro retorcido, agora dobrado no concreto desprezado.

Tanto se fez e se promoveu neste ano recém-findo, enquanto ao jacarandá se lhe prolongou a agonia. Se pródigos em grandes, meritórias e indispensáveis feitos, permanecemos parcos em reconhecer o valor da sombra, da beleza, da absorção de gases e ruídos, da percolação das águas, do abrigo e ninho da biodiversidade, da oxigenação do ar, que uma árvore graciosamente nos oferta, energizada pela fotossíntese solar.

O vazio da praça, por outro lado, nos cochicha para algo que estamos perdendo: a vida natural, mesmo que incrustada nas frestas urbanas. Por mais que avancemos em tecnologia e bem-estar, não haverá árvore de plástico e metal que nos impedirá da morte, que esta não é artificial, é naturalíssima. Morte, que nos advirá, inexorável, mesmo que retardada ao máximo, como chegou ao marginalizado jacarandá da Praça da Matriz. Talvez o tempo não nos permita construir pontes do artificial ao natural.

geólogo da Fepam


Artigo Publicado no jornal Correio do Povo - ANO 116 Nº 111 - PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 19 DE JANEIRO DE 2011

terça-feira, janeiro 04, 2011

Sites sobre defesa dos animais

Para saber mais sobre defesa dos animais e legislação, acesse os sites abaixo:

http://www.wspabrasil.org/
http://www.olaonline.com/.
http://www.tribunaanimal.com/
http://www.direitoanimal.com.br/

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Prevenindo-se, ecologicamente, contra os Mosquitos

Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode deter muitos deles.
O que nós precisamos é, basicamente:

200 ml de água,


50 gramas de açúcar mascavo,


1 grama de levedura (fermento biológico de pão, encontrado em qualquer supermercado) e uma garrafa plástica de 2 litros

A seguir estão os passos a desenvolver:

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guarde a parte do gargalo:

2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixe esfriar. Depois de frio despeje na metade de baixo da garrafa.

3. Acrescente a Levedura . Não há necessidade de misturar. Ela criará dióxido de carbono.


4. Coloque a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.


5. Enrole a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e coloque em algum canto de sua casa.


Em duas semanas você vai ver a quantidade de mosquitos capturados dentro da garrafa.



Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução do mosquito, podemos utilizar esse método muito útil em escolas, creches, hospitais e residências.

Não se esqueça da dengue, ela não esquece do você.

terça-feira, dezembro 07, 2010

Wenzel recebe medalha FLORES DA CUNHA DE GESTOR PÚBLICO

"A data de hoje é a da gratidão a todos que nos ajudaram a governar o Rio Grande do Sul". Desta forma a governadora do Estado, Yeda Crusius, abriu a cerimônia de entrega de medalhas nesta segunda-feira (6), em evento realizado no final da manhã no Salão Negrinho do Pastoreio, do Palácio Piratini. Foram outorgadas as comendas: Mérito Rio-Grandense, Ordem do Mérito do Serviço Público no Grau Grande Mérito e Medalha Flores da Cunha de Gestor Público a Servidores do Poder Executivo. A distinção foi concedida a 83 personalidades empresariais, secretários de Estado, ex-secretários, presidentes de coligadas e autarquias, militares e funcionários do Palácio Piratini, que se destacaram por sua atuação no campo da gestão pública ou privada.

"Este conjunto de medalhas denota a força de todos que estão escrevendo e marcando a sua presença na história do Estado. O que se está fazendo neste evento é premiar o bom convívio e a boa política", ressaltou a chefe do Executivo. Yeda Crusius também ressaltou a reabertura do Salão Negrinho do Pastoreio e a entrega dele à comunidade gaúcha.

A medalha Flores da Cunha foi criada no Governo Yeda Crusius, em 2009, designada para destinguir autoridades nacionais ou estrangeiras que se destacaram por excepcionais atuações no campo da gestão pública ou privada. A Medalha Mérito Rio-Grandense homenageia pessoas físicas e jurídicas que contribuíram nas mais diversas áreas demonstrando interesse máximo e amor ao que fazem, erguendo bem alto o nome do Estado.

Já a Ordem do Mérito do Serviço Público no Grau Grande Mérito foi instituída em 1967 e destina-se a laurear funcionários públicos estaduais ativos e ou inativos que se destinguiram nos esforços da simplificação e racionalização dos métodos e processos de trabalho. Ações essas feitas especialmente em favor da produtividade, na participação de pesquisas e estudos de caráter técnico ou científico ou, ainda, em outras realizações com resultados reais e benefícios para o desenvolvimento do Estado ou em favor da coletividade e suas instituições.
Wenzel recebendo das mão da Governadora Yeda Crusius a medalha

FLORES DA CUNHA DE GESTOR PÚBLICO

Texto: Paulo Fontoura - Foto: Antonio Paz / Palacio Piratini

quarta-feira, dezembro 01, 2010

Fronteiras do Pensamento

O Fronteiras do Pensamento desta semana foi com CARLO GINZBURG – Historiador e antropólogo italiano

Historiador e antropólogo italiano, nascido em 1939, conhecido como um dos pioneiros no estudo da micro-história. Estudou na Escola Normal Superior de Pisa, Itália, e em seguida no Instituto Warburg, Londres. Ensinou história moderna na Itália, na Universidade de Bolonha, e nos Estados Unidos, nas universidades Harvard, Yale, Califórnia – UCLA e de Princeton.

Desde 2006, é catedrático de História Cultural Europeia na Escola Normal Superior de Pisa. Com uma abordagem sofisticada e minuciosa, a história cultural tal como concebida por GINZBURG se interessa pelo detalhe e pelo contexto, pelas micro e pelas macroquestões articuladas. Decifração de indícios, ciência do particular, a história cultural se move em terreno acidentado e misterioso em seus livros O Fio e os Rastros – Verdadeiro, Falso, Fictício (Cia. das Letras, 2007), Olhos de Madeira: Nove Reflexões Sobre a Distância (Cia. das Letras, 2001) e O queijo e os vermes (Cia. das Letras, 2000).
 

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